As manifestações populares mais importantes da Catalunha

Para quem deseja conhecer um pouco mais a cultura tradicional da Catalunha, segue abaixo uma breve descrição de algumas de suas manifestações populares mais importantes.

Para quem deseja conhecer um pouco mais a cultura tradicional da Catalunha, segue abaixo uma breve descrição de algumas de suas manifestações populares mais importantes.

Geralmente, nas festas tradicionais, constantemente realizadas nas diversas regiões da cidade, é possível conferir, no mesmo dia e de uma só vez, muitas dessas manifestações!

Castellers

As famosas torres humanas, um dos símbolos mais reconhecidos da cultura catalã, sendo declarados Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco em 2010.

A tradição consiste basicamente na construção de torres humanas, cujo nível de dificuldade varia de acordo com o número de pessoas e dos desafios impostos pelos próprios grupos.

O objetivo: formar castelos humanos cada vez mais altos, mantendo-os com força e concentração até que chegue ao topo o seu anxeneta, criança responsável por subir ao ponto mais alto da torre humana, levantar a mão, e, assim, concretizar o êxito (ou não) do castelo.

A manifestação possui uma história de mais de 200 anos, quando a tradição de construir torres humanas começou a ganhar as praças catalãs da cidade de Valls, distrito de Tarragona.

Ampliando territórios e estendendo-se a toda Catalunha nos últimos 50 anos,os Castellers foram fortemente apropriados pela cidade de Barcelona, sendo praticados por homens e mulheres de todas as idades e que chegam a fazer da tradição um verdadeiro estilo de vida.

Aparentemente simples, os castellers carregam importantes valores, exigindo de cada casteller muita concentração, equilíbrio, força e confiança.

Sardana

Dança típica e catalã por excelência, começou a popularizar-se cerca do século XVI, mas há quem diga que seu surgimento remete a um passado de maisde dois mil anos.

Praticada hoje principalmente por pessoas mais velhas, para quem espera a exuberância do flamenco, as Sardanas podem decepcionar um pouco. Em circulo, os participantes se dão as mãos, levantando e abaixando os braços de acordo com os com passos da música, marcando com a ponta dos pés uma espécie de coreografia repetitiva e bastante simples.

Caracterizando-se como uma dança bastante social, as sardanas são constantemente praticadas em praças públicas, sendo, geralmente, formadas por pequenos grupos que, ao final, acabam se juntando para formar um grande e único grupo de dançarinos.

Encarregadas pela parte musical, são as coblas as responsáveis por interpretar os diferentes estilos de sardanas, sendo, geralmente, formadas por 11 músicos e instrumentos bastante peculiares e típicos desse estilo musical, como a tenora ou o flabiol.

Para quem deseja conhecer a dança e a é arriscar alguns passos, Barcelona possui alguns dias e horários fixos dedicados ao tradicional baile: sábados às 18h30 e domingos às 12h diante da Catedral; e domingos pela tarde na Plaça de Sant Jaume, localizad ano bairro Gótico.

Vale a pena conhecer, mas, na minha opinião, somente quando as apresentações coincidam com a região e aprogramação planejada pelo turista.

Rumba catalana

epois de um tempo caída no esquecimento, a rumba catalana, originada na década de 40 no bairro do Raval, passa por um processo de resgate e renovação, voltando a marcar presença na cena musical de Barcelona.

Intimamente ligada ao festivo universo gitano (cigano) – assim como o flamenco – o estilo musical tem como principais referências os cantores Pescaílla e Peret.

Criado e desenvolvido pelos ciganos que residiam na cidade, a rumba catalã possui basicamente ritmos derivados da rumba flamenca, com influências da música cubana e do rock n’roll.

Bastante conhecidos no Brasil por sua música Bamboleo, os Gipsy Kings são um bom exemplo de grupo desse estilo que se tornou um dos importantes pilares da cultura autenticamente catalã.

Gegantes

Os gigantes são figuras festivas e populares utilizados em praticamente todas as celebrações e festividades de Barcelona.

No intuito de alegrar o público e/ou representar personagens típicos, os bonecos gigantes são sustentados e transportados pelos chamados geganters, que chegam a carregar estruturas de mais de 40kg de peso.

No entanto, mais do que força física, para levar os gigantes na cabeça é necessário bastante equilíbrio, destreza e estabilidade.

Segundo a maioria dos escritores catalãos, em 1424 já existia um gigante em Barcelona. O primeiro oficialmente documentado se localiza na cidade belga de Ninove, e remete aos anos de 1430.

Ou seja, outros países, além da Espanha, também possuem registros da presença desses tradicionais bonecos, como Holanda, Portugal e França.

Atualmente, Barcelona conta grande quantidade de artesãos que se dedicam a construir esse grandes bonecos, criando figuras que vão desde reis a paisanos, passando por nobres e personagens conhecidos.

Além de desfilar pelas ruas da cidade, os gigantes também chegam a dançar ao ritmo de uma música tocada especialmente para eles, oferecendo uma curiosa e divertida coreografia.

Correfocs

Com uma certa semelhança em relação aos fogos de palha de aço visto em diversas ocasiões e regiões do Brasil, os correfocs também se utilizam do fogo – um dos signos de identidade mais fortes e antigos da Catalunha – e de suas faíscas para impressionar, encantar e também desafiar os espectadores mais aventureiros.

Também presente em praticamente todas as festividades de Barcelona, os correfocs são figuras aparentemente bestiais e diabólicas, sendo levados através de uma estrutura de rodinhas, movendo-se em direção ao público enquanto espalha suas faíscas de fogo contra ele.

Junto a essas figuras também desfilam homens e mulheres com fantasia de diabos e roupas e máscaras para proteger-se do fogo, saltando, correndo e até dançando em meio ao fogaréu.

Uma banda de músicos guia o desfile através de um ritmo bastante parecido com a batucada brasileira.
A programação das Festes de la Mercè, principal festa maior de Barcelona e comemorada em Setembro, sempre conta com um grande desfile de correfocs, oferecendo imagens espetaculares e que comprovam essa grande fascinação do homem pelo fogo.

OBS.: por experiência própria, não arrisquem se aproximar demais de um correfoc sem alguma proteção no rosto e nos braços (um pano ou simplesmenteuma camisa de manga longa).

 

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