Pedalando no Rio de Janeiro: dicas e cuidados

Uma das bandeiras da atual prefeitura da cidade é que o Rio de Janeiro é uma cidade bike friendly. De acordo com o ranking Copenhagenize Index que elenca as principais cidades bike friendly do mundo, o Rio foi a única cidade a galgar posições no ranking em 2013.

(Lagoa Rodrigo de Freitas – Photo credits: Claudia Regina CC)

No entanto, nem tudo são flores. O uso da bicicleta como meio de transporte ainda não foi internalizado pela população e o que se vê é uma falta de consciência entre motoristas, pedestres e ciclistas, o que aumenta potencialmente o risco dessa atividade.

Então, antes de pegar uma bicicleta e sair pedalando pela cidade – um programa incrível, na minha opinião – esteja atento a algumas dicas importantes:

  • os dados oficiais apontam o Rio como a cidade com a maior malha cicloviária do país — são cerca de 300 quilômetros. No entanto, alguns bairros como Centro, Laranjeiras e a maior parte da Grande Tijuca ainda são vazios no meio do caminho dos ciclistas, além de trechos descontinuados de ciclovia, como em Botafogo. Ou seja, nesse momento, quando a ciclovia desaparecer na sua frente, você terá duas opções: ir para a rua ou andar pela calçada;
  • caso você opte em pedalar pela rua, muita atenção. Se for à noite, use luzes na sua bicicleta e roupas claras. E ande na mão da rua, do lado direito. Nunca ande na contramão;
  • se sua opção for pedalar pela calçada, a preferência é do pedestre. Então, torne-se um deles – desça da sua bike e vá empurrando-a até que encontre a ciclovia ou se sinta seguro para pedalar na rua;
  • grande parte desses 300 km de ciclovia enquadra-se no conceito de faixa compartilhada, ou seja, é uma calçada, que pedestres e ciclistas compartilham entre si. Nesse caso, a preferência também é do pedestre, mas você não precisa descer da bike. Essa situação ocorre em áreas bastante turísticas como a Lagoa e boa parte da Zona Sul;
  • aos domingos e feriados uma faixa das avenidas da orla dos bairros de Copacabana, Ipanema e Leblon ficam fechadas, assim como uma faixa do Aterro do Flamengo (área ampla e agradável para uma pedalada). Em todos esses lugares (e na Lagoa também) é possível encontrar bicicletas para aluguel. Mas lembre-se: em Copacabana, Ipanema e Leblon, apesar da pista fechada, o local para pedalar é a ciclovia, presente em toda a orla;
  • existe uma iniciativa chamada Bike Rio que são estações para aluguel de bicicletas. São as nossas laranjinhas (as bikes são da cor laranja e patrocinadas por um banco). É um serviço que está sendo muito utilizado pelos cariocas, especialmente nos finais de semana. Então, fique atento: se sua intenção é alugar uma bike no final de semana em alguma estação próximo à Lagoa, por exemplo, acorde cedo! O risco de não ter bike a partir do meio da manhã é grande, especialmente se for um lindo dia ensolarado. Para alugar, o mais fácil é instalar o aplicativo no seu smartfone ou telefonar. As informações completas desse serviço estão no site da Bike Rio. O interessante desse serviço é fazer um planejamento conjugando diferentes meios de transporte – ir de bike de determinado ponto até uma estação de aluguel próxima à uma estação de metrô por exemplo. Fique atento que as estações desse serviço estão concentradas na Zona Sul e Centro da cidade;
  • se você já tem um pouco mais de fôlego, ou melhor, bastante fôlego, uma ótima opção é iniciar uma subida para a Floresta da Tijuca. Existem algumas opções, como pelo Alto da Boa Vista, via Tijuca ou Barra (muito movimentado, então mais perigoso) ou pela Vista Chinesa – iniciando a subida pela rua Pacheco Leão no Jardim Botânico.
  • Essa segunda opção é a mais tranquila e muito utilizada pelos bikers da cidade. Vá bem equipado, com uma boa bicicleta pois a subida não é brincadeira. E depois, delicie-se com a pedalada no meio da Floresta!

Em todos os casos: esteja muito atento e consciente da sua atividade. E curta a brisa no rosto!

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