Curitiba é a capital do Paraná e tem pouco mais de 1,7 milhão de pessoas. Além de ser capital do Estado ela é a cidade referência da Região Metropolitana (RMC) que está com uma população acima dos 3 milhões de pessoas.
Ela também é conhecida nacionalmente como “cidade modelo”, “capital ecológica” e “capital social”. Muito desse termo “cidade modelo” vem do histórico de planejamento urbano que a cidade carrega há várias décadas e, nesse planejamento, o transporte coletivo é parte importante nesse marketing urbano que rola por aqui (e que fique claro: Curitiba está longe de ser essas “cidades” todas, acima listadas).
É importante que vocês saibam que, como qualquer cidade grande, os ônibus aqui ficam lotados antes das 9h da manhã e a partir das 17h30. Não esperem nada de diferente da “cidade modelo” nesse sentido.
Mas como se locomover?
Bem, Curitiba não tem metrô. Ou seja, vocês precisam andar de ônibus, caminhar ou pegar táxi.
Se ficarem pelo centro recomendo que caminhem o máximo possível. Mas se for necessário pegar ônibus, tentem evitar os horários que eu falei ali em cima.
Curitiba tem 23 terminais de ônibus e eles estão espalhados pela cidade. Além disso, a cidade possui 13 pontos de concentração de linhas, todos no centro da cidade.
A tarifa aqui é integrada, o que quer dizer que, se você sai de um terminal e vai para outro terminal ou estação tubo, você não paga para pegar outro ônibus. Isso permite que vocês saiam da maioria das cidades da RMC e cheguem até o centro outros pontos da cidade pagando uma só tarifa.
Falando em tarifa, o preço é R$2,60 de segunda a sábado e R$1,00 no domingo. Não há cartão ou passe de transporte diário e os ônibus quase não circulam depois das 00h (o que te obrigará a pegar um táxi, que aqui sai com a bandeirada de R$4,40).
Há vários tipos de ônibus por aqui, e você talvez precise saber da “nomenclatura” antes de pedir informação na rua:
- Ligeirinho é o ônibus prata que pára nos terminais e nas estações tubo;
- Biarticulado e Triarticulado são os ônibus grandes e são vermelhos ou azuis, que também utilizam as estações tubo e os terminais (mas não os mesmos tubos do Ligeirinho, as portas são em lados opostos);
- Alimentador é o ônibus amarelo (em Curitiba), laranja (em Pinhais) ou creme (no restante da RMC) que sai dos bairros e vai para terminais ou pontos de concentração de paradas;
- Circular Centro é um ônibus pequeno que, como o nome diz, roda o centro da cidade. Ele é o único que tem uma tarifa diferenciada, a R$1,80 o trajeto.
- E Interbairros que tem do I ao V, são biarticulados verdes que não utilizam estações tubo, mas utilizam os terminais.
Com a imagem abaixo vocês podem ter uma melhor ideia de como se estrutura o transporte público. A cobertura é satisfatória em termos de extensão, mas falha em alguns horários e em alguns dias da semana para algumas partes da RMC.
Créditos: Maximilian Dörrbecker
Vários estão preparados para o transporte de cadeiras de roda e, ao menos no que vivenciei até hoje, os cobradores estão preparados para ajudar na subida e descida das cadeiras (não podemos falar que o resto da cidade está tão preparada assim, por enquanto, pelo menos).
Linha Turismo
E como Curitiba tem fama de ter muitos parques e pontos turísticos, há também a Linha Turismo, um ônibus de dois andares que segue por esses pontos. Custa R$20,00 e dá direito a descer em 4 lugares.
Se já se sentir a vontade com o transporte público da cidade e for um domingo, acaba compensando pegar ônibus normais (o Interbairros II, por exemplo, passa próximo de vários pontos turísticos).
O site da Urbanização de Curitiba, empresa responsável pelo transporte de Curitiba e da RMC, oferece os horários atualizados de todos os ônibus.
Bicicletas
Ah! Há cerca de 3 semanas (hoje é 01/03/2013) começou um plano piloto de aluguel de bicicletas na cidade. Você precisa pagar R$15,00 pelo cadastro, R$5,00 por hora de uso e um caução no cartão de crédito no valor de R$500,00, que é estornado no momento que a bicicleta é devolvida.