O jornal mais famoso de Curitiba se chama Gazeta do Povo e no site do jornal tem um blog chamado Curitiba Baixa Gastronomia – Um guia das mesas boas, baratas e sem frescuras da cidade, que é escrito por Guilherme Caldas e Rafael Martins.
O nome e descrição do blog já deixa claro: comida sem frescura e barata e, que também fique esclarecido: “baixa gastronomia” é elogio!
Mais abaixo vocês podem acessar o blog, o mapa (com MUITA informação) e o twitter. Mas aqui darei a minha humilde opinião do que, se tiver em Curitiba, não pode deixar de comer.
Os quentinhos do Missal Shawarma
Missal Shawarma fica na rua Nilo Cairo, esquina com a Francisco Torres.
Essa lanchonete faz um dos sanduíches mais gostosos do centro de Curitiba – e salva a vida dos muitos estudantes que moram na região. Pão árabe (vindo diretamente de Foz do Iguaçu), carne bovina ou de frango (ou misto), alface, tomate, cebola, batata frita e picles (gente, eu odeio picles, mas pode pedir pra tirar, hehe).
Os molhos são outra atração a parte: alho e pimenta. Muito bem feito, limpinho e servido pela família.
A única ressalva que faço é que não tem opção vegetariana (com pasta de grão de bico ou legumes grelhados).
A comida árabe do Armazém Califórnia
O Armazém Califórnia fica na Rua Saldanha Marinho, perto da Catedral.
Não se deixe enganar pelo nome, serve comida árabe (aham, árabe).
A casa é administrada por um senhor gorducho e simpático, com forte sotaque libanês. A sfiha é incrível (não deixe de provar a de kafta, se tiver sorte de encontrá-la) e servem combinados com
- babaganoush (berinjela)
- hummus (grão de bico)
- coalhada seca
- kibe cru
- tabule e pão sírio – opções grande e pequena.
Além disso, eles servem pratos típicos, mas é uma opção por dia – duas aos sábados.
A kafta de forno é muito saborosa, assim como o arroz com lentinha, carne e cebola caramelizada. Aqui o cardapio.
O combinado de pastas também depende do tamanho. O estabelecimento também serve uma variedade considerável de cervejas importadas e servem um bom vinho branco. Vendem legumes, vinhos, e produtos árabes em geral.
A gastronomia italiana e brasileira da Nonna Giovanna
Rua São Francisco, 134 – Centro.
O Nonna Giovanna fica na Rua São Francisco, 134 no Centro e é uma grata surpresa.
Como todos os outros aqui apresentados, o ambiente é bastante simples. O carro chefe da casa, pelos comentários dos amigos e dos grupos de BG é o bife à parmegiana (e é mesmo muito bom).
Mas ainda recomendo o nhoque ao molho de 4 queijos.Todas as massas da casa são artesanais e vale a pena mesmo experimentar.
Os bolinhos de carne e muito mais d Maneko’s bar
O Maneko’s bar fica na Alameda Cabral, 19 – Centro.
Aqui eu peço licença aos organizadores do Mapa do BG em Curitiba e copio a descrição que lá está.Por quê? Porquê é perfeita: Maneco foi garçom do Stuart*.
Um dia, atravessou a Alameda Cabral e abriu seu próprio bar. Com o passar dos anos, a clientela o seguiu. Hoje, o Maneco’s é o boteco mais autêntico do Centro de Curitiba.
Em outras palavras, se você quer ir a um boteco, teu lugar é aqui, não naqueles lugares bunda-moles que fingem ser botequins (…). De quebra, o Maneco’s serve o melhor bolinho de carne da cidade – peça frito na hora, carregue no limão e no molho de pimenta.
Enquanto isso, preste atenção na fauna do lugar. Você vai desejar envelhecer com a bossa desses caras.
O Barreado da Casa Lilás
Em Curitiba você encontra restaurantes com várias especialidades, mas agora quero falar de barreado. No que consiste o prato?
Bem, o barreado tem origem portuguesa e é um cozido de carne que demora muuuuuuuuuuuuitas horas.
A simplicidade na preparação do prato garantiu que a receita fosse mantida com os mesmos ingredientes e características. Uma das suas características é que mesmo requentado mantém o seu sabor.
Durante os dias de festa do fandango, o prato era reaquecido a cada refeição. O sabor não se perde, pois o caldo grosso que se forma é que mantém o sabor da carne.
O prato consiste em uma carne cozida, servida com arroz e farinha de mandioca. O segredo na preparação é o tempo de cozimento na panela de barro – cerca de vinte horas – o suficiente para desfiar toda a carne. Depois de cozida, as fibras da carne se soltam resultando em um caldo grosso e saboroso.
Para manter o sabor da carne, é preciso vedar a panela com uma massa de farinha e água, um barro preparado para manter o vapor dentro da panela.
Tradicionalmente o prato é acompanhado de frutas: bananas (com banana o gosto se completa) e laranjas.
Esse prato é típico do litoral do estado, mas também pode ser apreciado aqui em Curitiba. Imagino que um número considerável de restaurantes sirvam essa iguaria, mas vou falar apenas do que provei e aprovei recentemente.
O restaurante chama-se Casa Lilás e fica no Largo da Ordem, em frente ao Memorial de Curitiba.
O lugar é aconchegante, no centro e tem um pátio bem gostoso no fundo.
O barreado é servido todos os dias da semana e, se não fizer reservas no final de semana é possível que tenha que esperar.
O mapa gastronomica de Curitiba
Com o compromisso de proporcionar experiências gastronômicas acessíveis, o Baixa Gastronomia mapeou cuidadosamente uma variedade de estabelecimentos que oferecem uma culinária deliciosa a preços acessíveis.
Descubra o melhor da cena gastronômica de Curitiba enquanto desfruta de refeições memoráveis sem pesar no orçamento. Bom apetite!